Morrer por amor



Será possível que possamos amar tanto alguém que se essa pessoa morrer o sentimento de solidão e de não se conseguir mais sentir o mesmo prazer pela vida que também uma pessoa possa morrer!?


Muitas vezes ouvi histórias de pessoas que depois de muitas décadas de casados e um dos parceiros falece o outro pouco tempo depois também parte, sempre acreditando-se que foi por amor, que não conseguia continuar a viver sem o companheiro de sempre e assim também partiu. Como é então possível que o nosso corpo e mente deixe de querer viver e não queria mais resistir à dor da perda e simplesmente se entregue à morte, como único refugio para esconder aquilo que não se consegue enfrentar, o perder um amor tão grande e que sempre esteve presente quando necessário, sempre correspondido na medida e tempo certo, sempre pronto a saber cuidar e tratar como se nada mais existisse.


Será então o quebrar literal do coração de uma pessoa, qual o sentimento tão frágil que se pode apoderar de alguém para que chegue ao ponto de ela própria se desligar de tudo, uma tamanha depressão profunda que se pode sentir por se achar tão dependente de alguém, a ponto de não ser capaz de continuar a vida sem determinada pessoa, então assistisse ao definhar e render perante a morte procurada para que possa ser mais fácil a dor que se sente.


Não sei se poderá ser provado que o amor ou ausência de alguém tão querido possa levar a algo como a morte, mas parece que muitos são só casos em que parece acontecer, poderá assim então ser o amor a maior força mas também a maior fraqueza do ser humano!



40 comentários:

Por amor não sei, mas por tristeza, penso que sim.
Deixar de comer, de sorrir, de viver, porque se está numa tristeza profunda, acho possível!

março 01, 2009 7:08 PM  

Mel :

Tudo isso sentimentos que se terão por perdermos um amor, mas não sei se não será 'errado' de amar tanto assim!

março 01, 2009 7:38 PM  

Há muita coisa errada, mas desde quando é que consegues controlar os teus sentimentos?

É um pouco dificil...

março 01, 2009 7:55 PM  

Mel :

Não é difícil, é impossível! O amor é a fonte de maior força, mas também de fraqueza nas pessoas.

março 01, 2009 8:02 PM  

Sabes, os meus pais tinham um casalito de piris que se adorava. Um dia, o piririto macho morreu. A piririta deixou de comer...e deixou-se morrer lentamente...

Morrer de amor, acho que não. Mas de desespero, sim. A perda de um amor intenso, ou a perda de um ente querido em si, mergulha-nos na inevitável depressão e tristeza por essa partida. Ao mesmo tempo, obriga-nos a olhar de frente para essa coisa terrífica que é a morte. O trauma às vezes é tão grande, que já não se volta.
O desespero e a tristeza podem tornar-se intensos de tal ordem, que se transformam numa dor insuportavel, num sufoco horrível e na sensação de que tudo o que fazia sentido, já não faz. Se se é uma pessoa descomplicada e equilibrada, o trauma supera-se. Mas muitos de nós são a complicação personificada e a essa dor juntam-se outras e o efeito é como o de uma bola de neve. Até que um dia, não se aguenta mais e não se consegue ver outra solução à frente.

março 01, 2009 8:07 PM  

Van :

Se não estou em erro os periquitos são do tipo de passaragem que quando arranjam parceiro é para a vida! Isso no mundo dos animas tidos como racionais, já me parece deveras difícil. Acredito que possa despertar a nossa consciência para algo como a morte, mas dai a querermos também nós o mesmo. Por isso continuo a achar que por vezes mais vale não amar (assim tanto).

março 01, 2009 8:21 PM  

Morrer por amar não, ninguém morre por isso. Mas o sentimento de vazio, de perda deixado por uma morte, mata lentamente o pouco que sobreviveu à morte da pessoa amada. Sim, podemos morrer, porque nos deixamos morrer, mas é esse amor pela pessoa que partiu a única coisa que nos pode salvar.

Por isso a resposta é que nao, ninguém morre por amor, pois ele só nos faz bem e por vezes é a única coisa que nos pode impedir de nos destruirmos.

março 02, 2009 6:05 AM  

Cada vez mais...acho que sim que é possível :(! Infelizmente...acho mesmo!

Abreijinhos

março 02, 2009 9:58 AM  

Ninguem morre de amor.
Mas muita gente se suicida por amor.

março 02, 2009 1:07 PM  

Não é tão linear assim. Porque os piris primeiro têm de considerar o outro, parceiro para a vida.
Quando o meu piri se foi, pensei que a piri iria a seguir. Mas, para meu espanto, ela nem pareceu incomodada... agora tenho um piri novo aqui e o gajo só lhe dá beijinhos e miminhos e ela deixa...deixa-o ficar no mesmo poleiro que ela, bem juntinhos, comem juntos...isso não acontecia com o outro.

março 02, 2009 1:51 PM  

#Por isso continuo a achar que por vezes mais vale não amar (assim tanto).#

Quando se ama, não se escolhe a profundidade, ou intensidade, ou amplitude do sentimento...

março 02, 2009 1:52 PM  

desiste dessas ideias! evitas de te matares que essas histórias já não se usam e ela vai continuar!

março 02, 2009 2:34 PM  

Bruno Fehr :

'...é a única coisa que nos pode impedir de nos destruirmos.'

E o facto de se morrer por causa de um amor, não é também isso destruir-nos a nós mesmos!?
O definhar lentamente, a tristeza, a fraqueza que nos trás a morte da pessoa amada é estarmos a acabarmos com algo tão grande como é a vida, a nossa vida!

março 02, 2009 5:37 PM  

Afrodite :

Temos romântica convicta, já vi :)
É preciso sentir algo muito forte para que a vida se esvaia de uma pessoa por um sentimento.

março 02, 2009 5:39 PM  

José Rocha :

Ai já é algo que o superior que o amor, acho que quem se chegue mesmo a suicidar (não aquele tempo de definhar e tristeza) é por que pode se passa algo muito errado com a pessoa, quer seja suicídio por amor ou por outra qualquer razão!

março 02, 2009 5:40 PM  

Van :

Tudo o que é fêmea agora deu-lhes para serem esquisitas, hein!
Amar é bonito quando é saudável, mas quando se ultrapassa um limite já é perigoso de mais.

março 02, 2009 5:42 PM  

vício :

Gosto de ter o pessoal (se possível) a discutir sobre tudo, quem sabe não se está a ajudar alguém por ai que esteja mesmo a passar por uma situação assim!

Ninguém gosta mais da vida que eu, o mesmo até podem, mas mais não :)
É pena é ser tão curta!

março 02, 2009 5:43 PM  

Não é de amor que se morre, é de tristeza.
Acontece muito com os animais também, não é apanágio do bicho humano. Mas é óbvio que quando se perde um parceiro, o desnorte pode ser incontornável. Não digo que seja dependência, pode ser simplesmente ter menos vontade de viver dias vazios depois de se ter alcançado a plenitude. É muito complicado perder um parceiro de vida. Eu entendo perfeitamente que inconscientemente o cérebro vá dizendo aos órgãos para fazer shutdown na sequência de uma perda profunda.

março 03, 2009 12:01 AM  

Safira :

Então nada melhor que procurar outra forma de preencher esse vazio, tem-se a total noção de onde vai levar o caminho escolhido através da saudade e tristeza, é o deixar tudo e escolher a forma mais fácil de lidar com a situação, é preferir morrer... Isso como já disse parece-me mais 'fraqueza mental' do que amor :s

março 03, 2009 5:00 PM  

Sinceramente, não sei. E prefiro não saber. Acho que quando amamos tanto alguém a perda dessa pessoa é tão dolorosa que parece que mais nada na vida terá sentido. Mas dizem que o tempo cura todas as feridas, não é? :)

Beijocas!

março 03, 2009 9:01 PM  

Pois,não sei, acredito que podemos morrer de tristeza, ou seja, deixarmo-nos ir por não termos O amor;)

Beijo lindo

março 04, 2009 3:37 PM  

Salto-Alto :

O tempo curar tudo parece-me cada vez mais desculpa para deixar as coisas passarem sem nos preocuparmos, quando deveríamos sempre de tomar alguma atitude, mas parece que alguém leva isso mesmo à letra e acabar com a vida é apenas acobardar perante uma tristeza, por muito profunda que ela possa ser.

março 04, 2009 4:28 PM  

Acredito piamente que sim. Quando tal acontece podemos deixar de comer, de dormir, de viver, porque a tristeza, a angústia é tal, que só queremos desaparecer, ir para junto de quem partiu.

Beijinhos.

março 04, 2009 4:28 PM  

vita :

Só quando estamos nas situações é que podemos fazer juízos de valor, mas para grandes males nem sempre se precisam de grandes remédios. E isso do amori já não anda por ai como antes!

março 04, 2009 4:29 PM  

Diabólica :

E sabemos lá para onde iremos ter depois. Ainda aquilo é só mesmo 'virgens' e gajedo mal comportado e depois não há nada a fazer! O amor tem muitas formas de ser demonstrado, mas não me parece que seja através de mais morte.

março 04, 2009 4:31 PM  

Acredito perfeitamente que sim. Quando se ama verdadeiramente, a nossa vida é construída como se dois fossem um todo. Ora quando falha uma parte, é natural que a outra se sinta sem sentido.

Abraço!

março 04, 2009 5:14 PM  

Rafeiro Perfumado :

Mas como sabemos que amamos verdadeiramente se quando pensamos que assim é sentimos que nos falta sempre algo. É uma 'decisão' grande de mais deixar esta vida por alguém quando assim é. Não acredito que alguém se sinta totalmente feliz com outra pessoa, talvez se sinta sim uma necessidade, mas isso não é amor!

março 04, 2009 5:25 PM  

Os periquitos podem morrer por amor. Quando um elemento do casal morre o outro normalmente deixa de comer e bate as botas também.

março 04, 2009 6:43 PM  

Skynet :

Mas não é normalmente com a tristeza que se come muito mais para esquecer as mágoas!

março 04, 2009 7:29 PM  

eu acredito sinceramente que isso está ligado à forma como cad aum experiencia o amor e a relação. Também acredito que em muitas relações vive-se uma co- dependência que pode dar azo a esse morrer por amor. O objectivo é chegar a um conceito de inter-dependência em que cada um tem o seu mundo e em que determinados pontos e momentos confluem um num só. Se mesclam se enriquecem. Quando assim é, quando um dos mundos se perde pela ausência cabe ao outro enriquecer-se com essa experiência e prosseguir com a sua experiência. E não se ama menos assim, simplesmente se vive em consciência a identidade singular.
Digo eu...
Gostei de passar por aqui.
su

março 06, 2009 4:17 PM  

e só para acrescentar... somos nós que "adoecemos" o amor, porque criamos um sentimento ilusório que pensamos que lhe corresponde mas não. O amor nunca será uma fraqueza, nunca será uma fonte de destruição. O amor está acima do que a maior parte de nós vivemos. É puro, somos nós que o corrumpemos com os nossos pre-conceitos.
beijinho
su

março 06, 2009 4:19 PM  

Susana :

Então chega-se assim ao amor como uma doença. Não é mais do que isso nos casos de quem acaba por definhar até à morte por alguém que perdeu. assim pergunto afinal o que é o amor se não algo que só expõem as nossas fraquezas, quando deveria de ser algo pelo qual se deve de querer continuar a viver. é nele que todos procuramos ter como felicidade, mas basta que ele nos provoque um 'contra tempo' para que a ilusão se desvaneça. Quando ele está presente é tudo muito bonito, quando acaba torna-se o fim do mundo!? Nunca estaremos conformados com o que temos, por isso nem mesmo quando o pensamos encontrar continuamos mesmo assim à procura, isso só nos faz ser hipócritas, nada melhor que homenagear a vida de alguém que morreu, do que nos mostrarmos felizes por viver.

março 06, 2009 4:28 PM  

andré somos nós que temos as fraquezas, não é o amor que nos expõe a elas. Somos nós que não sabemos lidar com ele. Que não o conhecemos na sua totalidade e potencialidade. O amor por alguém não desaparece. Se for verdadeiro, se for real. É algo transcendente. Mas eu não estou aqui para te contradizer, apenas deixeia minha opinião porque gostei do teu espaço.
su

março 06, 2009 4:40 PM  

susana :

O amor acaba por ser um caminho para expor essas fraquezas, quando supostamente deveria de fazer o contrário. Apenas acho que quando as pessoas sentem o amor são capazes de tudo, tudo é felicidade, mas depois quando ele desaparece o caminho mais fácil é o de desistir!? Então e por que afinal o amor nunca existiu ou não se sentiu como se pensava. As pessoas continuarão sempre em busca de algo mais, pois nunca sabem aquilo que procuram, mas a morte é apenas o caminho mais fácil quando não se percebe (ou não se quer perceber) as amarguras da vida. Sem o amargo nunca poderíamos experimentar o doce da vida.


PS: De estranhar seria quando alguém concordar comigo :D

março 06, 2009 5:00 PM  

Não é uma questão de querermos deixar esta vida, é uma questão de, cá dentro, não encontrarmos mais sentido para a mesma. E aí é deixar as coisas irem...

março 06, 2009 9:40 PM  

Rafeiro Perfumado :

(Não) percebo isso! Parece-me que a partir desse momento deixa de ser amor e passa a ser doença! Nada nem ninguém merece que se perca a vida dessa forma. É preciso viver para dar valor à morte.

março 06, 2009 9:43 PM  

A pergunta tem uma única resposta:

SIM !

março 08, 2009 2:38 PM  

Finúrias :

Curto e grosso ! :)

março 09, 2009 6:41 PM  

É evidente que acontece: o sentimento de perda, de solidão e a depressão profunda, por vezes leva a um grande desinteresse pela vida. E isso é meio caminho andado para a morte.

Se aliarmos a isso, que muitas dessas pessoas já tem bastante idade e vários problemas de saúde, pois, a Ceifeira ainda colhe mais rápido!

Gostei deste post!

Então voltaste às lides blogosféricas? :)

março 13, 2009 11:54 PM  

Teté :

E assim é o amor uma força maior do que podemos pensar, que tem o poder para tirar vidas, mas ao mesmo tempo fazer a vida ter mais sentido. Continuo sem gostar de que um sentimento possa escolher caminhos tão separados na vida de uma pessoa!

Pois é, voltei, o pessoal já se tinha visto livre de mim tempo de mais e principalmente para repor o stock de minis.

março 14, 2009 10:36 AM  

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