Há 12 anos
‘ Perguntaram ao ego: “Ego, quem fez aquela maravilhosa obra que é agradável aos olhos?” Ele respondeu: “Claro que fui eu quem fez, quem poderia mais fazê-la?” Outra pergunta então foi feita ao Sr. Ego: “Ego, você parece tão perfeito, você tem algum defeito ou já cometeu algum erro? Se sim, me diga algum.” Sr. Ego prontamente responde: “claro que sim! Todos nós erramos e temos defeitos! Mas, agora assim, de imediato, eu não lhe sei dizer. Talvez eu tenha sido bondoso e generoso demais com as pessoas e elas se aproveitem disso. Acho que também tenho outro erro: sou muito responsável, sincero demais, amoroso demais e não gosto de injustiça”. O diálogo se estende e o Sr. Ego faz suas ponderações: “acho que um mundo precisa de homens como eu. Pessoas que respeitem as outras e que tenham opiniões fortes, pois eu sou assim! Quando decido uma coisa, ninguém a demove! Minhas opiniões são sempre abalizadas por minhas longas jornadas empíricas. O mundo precisa de mais pessoas que se amem! Eu mesmo me olho no espelho e os meus olhos brilham ao enxergarem tão grande perfeição em uma pessoa só. Erros? Agora, pesando melhor, acho que o meu maior erro é conviver com pessoas tão omissas! Creio que preciso renovar meu círculo de amizades, pois a insignificância é contagiosa!” ‘
O ego é o núcleo da personalidade de uma pessoa, princípio de organização dinâmica, director e avaliador que determina as vivências e actos do indivíduo. O ego não tem autocrítica. Ele não sofre de baixa auto-estima. Ele não passa por crises de identidade. Ele sempre se apresenta bem. Afinal, ele é perfeito! Ele dá-nos o juízo de realidade, funcionando pelo processo secundário. O Ego partirá do desejo, da imagem formada pelo processo primário, para tentar construir na realidade caminhos que possibilitem a satisfação do desejo. Mas afinal qual é a sua utilidade?
Uma pessoa tímida é muito influenciada pela opinião alheia. Ela tem medo de ser ridicularizada e humilhada e por causa disso perde muitas hipóteses na vida. Um tímido não é forte o suficiente para aguentar nem ser humilhado e ridicularizado, muito pior participar de um combate real com ele próprio. Então o ego não é mais do que uma imagem de nós próprios, que pode ser ou não optimista, olhar-nos ao espelho e pensarmos se somos alguém ou nem por isso! Mas a vida de uma pessoa não se pode reger por isso, a mera aparência ou consideração por nós próprios, não deixaríamos todos de ter uma vida superficial sempre considerando os prós e contras. O ego pode enaltecer uma pessoa, deixá-la mais desinibida para vida e assim não ter medo de correr atrás de determinados objectivos, mas não poderá ser o único catalisador para isso. O ego pode então ajudar na auto-estima, ajudar a ultrapassar certas ‘inconveniências da vida, mas também é aquele que está sempre pronto a dar conselhos aos outros com um olhar de cima para baixo. O ego sempre diz: “olha para mim! Eu sou o paradigma a seguir!” O ego gosta de seguidores e brinca com as pessoas sem elas saberem, pois são como marionetas nas suas mãos. Ao se seguir alguém com um grande egocentrismo não estamos mais do que a tentar seguir-nos a nós próprios, ao vermos em outra pessoa ambição desmedida e ao a seguirmos é o que queremos para nós, mas que não conseguimos alcançar sozinhos. Não passando assim de uma tendência pessoal exagerada em considerar tudo sob o próprio ponto de vista e em fazer de si próprio o centro do universo. Será então o amor-próprio excessivo um problema, poderá o ser humano funcionar sem ele…?!
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É como tudo na vida e já o dizia Paracelso: o que faz o veneno é a dose. Tudo faz bem em pequena quantidade e tudo o que é demais enjoa; quando se tem menos do que menos, sofre-se por falta de. Quando se tem mais do que menos, sofre-se ppor excesso de Ego a menos, e cá temos complexos de inferioridade. Ego a mais e cá temos complexo de superioridade. Não suportamos estar com um nem com outro. Portanto, um bom ego é que está presente em meia medida: nem de menos nem de mais.
Já conheci pessoas com ambas as situações. Não suporto quem se tem em demasiada conta. Nem suporto quem se tem em baixa conta, se bem q consiga lidar mais facilmente com estes ultimos, pois uma injecção de ego é sempre mais facil do que uma lipo-aspiração de ego. Acho eu...tb conheço quem tenha passado de 8 a 80...e não era um 8, mas muito menos um 80...
Ana disse...
dezembro 27, 2007 9:24 PM
Entre "excesso de" e "Ego a menos" faltou o ponto final...é o que dá a falta de pontuação...ouviu, ó sr nobel saramago??? ;-p
Ana disse...
dezembro 27, 2007 9:26 PM
ps - para não haver malentendidos, eu estava mesmo a falar com o saramago, não te estava a chamar saramago!! ;-p
Ana disse...
dezembro 27, 2007 9:26 PM
Vanadis :
Mas andar no equilíbrio é que é complicado, de extremos todos sabemos ser, mas nunca comedidos. A auto-estima alta nunca fez mal a ninguém, mas quando é para se achar melhor que os outros já é egocentrismo a mais. Há que saber ser por si e para os outros.
André disse...
dezembro 27, 2007 9:28 PM
Vanadis :
Nem eu me tenho em tanta consideração :)
André disse...
dezembro 27, 2007 9:33 PM
Sendo o meu caro amigo
Um grande sportinguista bem que poderia ter arranjado uma imagem diferente:
Um pinto depenado vendo uma Aguia REal ao espelho...
Ficaria bem melhor.
Sobre o Ego falarei mais tarde...
Anônimo disse...
dezembro 27, 2007 9:37 PM
Surpreendido :
Mas quer um quer outro clube anda tudo com a auto-estima muito em baixo. Uns mais parecem uns gatinhos e outros uns passarinhos.
André disse...
dezembro 27, 2007 10:29 PM
O Ego é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo.
fonte wikipedia
Anônimo disse...
dezembro 27, 2007 10:45 PM
surpreendido :
Mas nem sempre a wikipedia está correta, é a soma de muitos textos deixados por anónimos sem qualquer tipo de confirmação da sua veracidade. Que assim como o ego pode ser a parte comprovativa de uma verdade que apenas o poderá ser para esse individuo, partindo dos outros a sua aceitação ou não.
André disse...
dezembro 27, 2007 10:52 PM
"Há que saber ser por si e para os outros." e isso não é estar em equilibrio? =) estar em equilibrio é ter-se em alta conta, mas não tanto que se emaranhe numa teia de superioridade. Ser-se egocentrico pode-se ser com o ego em cima ou em baixo.
Ana disse...
dezembro 28, 2007 1:19 AM
Vanadis :
Por isso é que o disse, como forma de tentarmos ser equilibrados, não passando apenas por nós, mas para os outros. O egocentrismo não deveria de pressupor que nos consideremos melhores ou piores que os outros, apenas que o somos e ponto final! Mas cada vez mais a falta de auto-estima é maior e as pessoas que nos rodeiam são quem mais podem mudar isso.
André disse...
dezembro 28, 2007 1:31 AM
Há uma grande diferença entre o ego e a essência e o amor próprio é centrado na essência de cada um, porque ter amor prório é fazer escolhas de acordo com quem se realmente é!
Por isso o amor próprio nunca é excessivo, o que é excessivo é o ego!
Marta disse...
dezembro 28, 2007 10:07 AM
Esse Ego, que se tem a si próprio em tão alta estima, é um chato!
Pessoalmente, prefiro evitar pessoas que têm egos desses atoleimados... Embora também me faça confusão aqueles "desgraçadinhos" que se acham sempre os piores em tudo!
Um pouco de racionalidade faz jeito para se estar bem com a vida.
Diverte-te na Passagem de Ano e começa bem 2008!!!
Teté disse...
dezembro 28, 2007 11:12 AM
Marta :
Se não gostarmos de nós quem gostará!
Há que se ter amor próprio, mas não chegar ao ponto de ser desproporcional e se tornar em egocentrismo que é o que muitas vezes sucede.
André disse...
dezembro 28, 2007 1:57 PM
Teté :
Mas com egocentrismo em demasia ainda se lida dentro dos possíveis, já com pessoas com pouca auto estima é que é mais complicado. Depressa se cai lá de cima, mas fazer alguém chegar lá é que é o mais difícil.
André disse...
dezembro 28, 2007 2:01 PM
Caríssimo Psycho Mind
Gosto destes teus posts densos, que nos deixam (pelo menos a mim) a pensar em como raio conseguir comentar algo de jeito sem fazer a reedição do Velho Testamento!
Tenho para mim que um Ego exacerbado esconde, não raras vezes, uma insegurança extrema. Exemplo clássico: Hitler, esse ser franzininho de bigodinho ridículo, que decerto levava cargas de pancada em miúdo e se vingava a torturar animais, e depois foi evoluindo em requintes insuspeitados de malvadez até fazer o que fez, em nome de uma 'supremacia' completamente ridícula, congeminada pelos seus próprios fantasmas de pessoa mal amada, (perdoem-me os historiadores se estou a cometer uma gaffe, mas de facto é assim que imagino o tipo e tenho francamente mais que fazer que ler a biografia de um ser abjecto como este).
Mas o Ego só funciona como nosso amigo quando se encontra equilibrado. E julgo que todos nós, por mais 'equilibrados' que achemos que somos, passamos por sucessivas variações de Ego. A ciência está em reencontrar o caminho de si, e não sucumbir à auto indulgência do 'ai, sou uma desgraçada, a vida só corre bem aos outros, não há nada a fazer, não sou capaz, vou deixar-me apodrecer a um canto como ser incapaz que sou', (não há pachorra para a choraminguice infrutífera) nem entrar na espiral de superioridade 'eu é que sei, eu é que sou bom, bom não, sou mesmo é o maior e essa cambada de fracos enoja-me'. (não há paciência para a falta de empatia e o estar cheio de si, especialmente quando a substância que sustenta essa ideia de si não é, na maior parte das vezes, mais do que éter!)
Safira disse...
dezembro 28, 2007 4:35 PM
Safira :
O Hitler é bom exemplo de alguém que deveria de ter um grande ego, mas que afinal ele próprio era tudo o que ele achava que estava errado no mundo! É o que acontece a alguém que certamente sempre teve pouca auto estima e que a única forma de mudar isso foi a de tentar assumir-se com um ego enorme, mas apenas para o exterior, por que por dentro deveria de continuar a ser um menino birrento a quem tudo corria mal na vida e só com o sofrimento de outros a coisa acalmava. Mas nos dias de hoje é muito dificil ter-se auto estima, cada vez são os problemas que surgem na vida de todos e cada um de nós, mas enquanto uns se encosta a lamentarem-se e a ter pena de si mesmos (e muitas vezes estas pessoas até que podem ter um grande ego) outros que não sendo egocêntricas conseguem dar a volta por cima. Parece que isto não é para quem quer, só para quem pode.
André disse...
dezembro 28, 2007 7:04 PM
Pois, se não houvesse super-ego, id...
jocas e bom ano
luafeiticeira disse...
dezembro 29, 2007 1:43 AM
E o conto erótico, mas ao contrário continua e com desejos de um próximo ano melhor que este, com menos broncos lol
jocas
luafeiticeira disse...
dezembro 29, 2007 3:35 AM
luafeiticeira :
Mas como tudo na vida faz falta... Tem é que se saber 'usar' em equilibrio!
Feliz 2008
André disse...
dezembro 29, 2007 4:47 PM
O meu ego é BIG mas sou tímida. Quem me conhece, pode afirmar-to. Ou seja, egocêntrico não é sinónimo de não-tímido.
Todos somos primeiro "eu", embora uns vivam mais em função deles próprios e do que sentem do que outros. Não tem nada de mal. Nascemos sós, morremos sós e vivemos para nós. Agora... temos também é de saber ver os outros e o que nos rodeia nem que para isso seja preciso sermos um pouco menos "ego" (vou tentar pôr isto em prática em 2008).
Marta disse...
janeiro 01, 2008 1:24 PM
Cold_cold_Bitch :
Não é fácil vermos primeiro os outros e só depois olharmos para os nossos interesses, cada vez mais se pensa em nome próprio, a própria sociedade se encarregou disso. Mas andar com o ego em alta nunca fez mal a ninguém, pode é não ser o suficiente para alcançar o que se quer.
André disse...
janeiro 01, 2008 6:04 PM
"Minhas opiniões são sempre abalizadas por"
Sou o único a reparar? Abalizar será "tornar baliza"?
Just Kidding, mas a palavra será "balizar" (vt. marcar com balizas;
limitar; estremar, demarcar;
distinguir.) Priberam dicionários.
Anônimo disse...
janeiro 02, 2008 12:29 AM
Anônimo :
Certamente que todos terão reparado, mas perceberam a intenção e contexto da palavra. O que pareces não ter reparado é o facto de que essa parte do texto foi uma transcrição e claro está não iria alterar uma palavra do texto original. Já as minhas opiniões são abalizadas por quem dá 'a cara' e assina, não como anónimo!
André disse...
janeiro 02, 2008 2:33 AM